Rosa Luxemburgo abordou a questão da revolução versus reformismo em seu trabalho "Reforma ou Revolução". Ela argumentou que a luta por reformas (melhorias nas condições dos trabalhadores sob o capitalismo) sempre foi uma parte crítica do movimento marxista. No entanto, os marxistas veem essa luta como o caminho através do qual a classe trabalhadora se organiza e percebe seu poder, não como o objetivo final, que é uma revolução socialista.
Por outro lado, uma tendência revisionista dentro dos Social-Democratas alemães, notavelmente centrada em torno de Eduard Bernstein, começou a sugerir que a Social Democracia deveria se limitar à luta por reformas em vez de pela revolução. Ele argumentou que, dessa forma, os socialistas poderiam transformar a sociedade gradualmente.
Luxemburgo se opôs fortemente a essa tendência. Ela explicou que, se o reformismo dentro do partido fosse derrotado, deveria ser por meio de uma luta política para educar os trabalhadores na teoria marxista. As ideias de reformismo, explicou ela, refletiam a natureza pequeno-burguesa dos acadêmicos e “teóricos” no aparelho do partido. Eles desejavam fazer concessões aos patrões e, em última análise, descartar a luta de classes em favor da colaboração.
Portanto, para Luxemburgo, a revolução e a reforma não eram opostas, mas partes integrantes da luta pela emancipação da classe trabalhadora. As reformas eram vistas como um meio para mobilizar e organizar a classe trabalhadora, enquanto a revolução era o objetivo final.
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